domingo, 18 de dezembro de 2011

PAPO DISPERSIVO SOBRE A PAIXÃO


As pessoas amam bem mais a expectativa do amor possível, que o amor propriamente dito. Daí a intensidade dos impulsos bloqueados, os que estão impedidos de expansão e movimento na direção do objeto amado.

Os "grandes amores" da literatura são grandes, não por serem amores, mas por serem impossíveis. Já os grandes amores da vida real só quem sente é que sabe. A impossibilidade de dimensionar um impulso afetivo carrega de energia a fantasia. E esta se encarrega de dar dimensão ao que o exercício da relação, talvez, tirasse.

Na paixão impossível só estão as projeções do que idealizamos, pretendemos ou não conseguimos viver em nosso cotidiano. Daí ser fácil entender sua força, sua obsessiva presença na cabeça dos enamorados. É por isso, aliás, que só é musa quem é inatingível.

Case-se com a sua musa e acordará com uma jararaca... Case-se com quem ama e será feliz. Quer se ver livre de uma paixão colossal? Vá viver com a pessoa objeto da paixão (observem, por favor, que não estou usando a palavra amor). Aliás, já está nos clássicos e, mesmo, antes destes, nos antigos: "A conquista enobrece e a posse avilta". Ou, como dizia Goethe: "Nas batalhas da paixão, ganha aquele que foge".

Quantas vezes as relações humanas terminam ou se interrompem sem terem esgotado o potencial de possibilidades adivinhadas, intuídas, sentidas. Aí, o que não se esgotou clama por vir à tona e, muitas vezes, ameaça ocupar (e às vezes ocupa, efetivamente) todo o "ego". Não é por outra razão que o apaixonado é o maior dos egoístas. Ao dedicar tudo ao objeto da paixão, está é alimentando a própria necessidade, seja de sofrimento, de idealização, de felicidade ou fantasia.

Entupido de impossibilidades, ele clama. E a isso muitos chamam amor. Mas amor é coisa muito diversa... Amor não clama nem reclama: amor dá.

domingo, 20 de novembro de 2011

O insustentável preconceito do ser!


Era o admirável mundo novo! Recém-chegada de Salvador, vinha a convite de uma emissora de TV, para a qual já trabalhava como repórter. Solícitos, os colegas da redação paulistana se empenhavam em promover e indicar os melhores programas de lazer e cultura, onde eu abastecia a alma de prazer e o intelecto de novos conhecimentos.
Era o admirável mundo civilizado! Mentes abertas com alto nível de educação formal. No entanto, logo percebi o ruído no discurso:
- Recomendo um passeio pelo nosso "Central Park", disse um repórter. Mas evite ir ao Ibirapuera nos domingos, porque é uma baianada só!
-Então estarei em casa, repliquei ironicamente.
-Ai, desculpa, não quis te ofender. É força de expressão. Tô falando de um tipo de gente.
-A gente que ajudou a construir as ruas e pontes, e a levantar os prédios da capital paulista?
-Sim, quer dizer, não! Me refiro às pessoas mal-educadas, que falam alto e fazem "farofa" no parque.
-Desculpe, mas outro dia vi um paulistano que, silenciosamente, abriu a janela do carro e atirou uma caixa de sapatos.
-Não me leve a mal, não tenho preconceitos contra os baianos. Aliás, adoro a sua terra, seu jeito de falar....
De fato, percebo que não existe a intenção de magoar. São palavras ou expressões que , de tão arraigadas, passam despercebidas, mas carregam o flagelo do preconceito. Preconceito velado, o que é pior, porque não mostra a cara, não se assume como tal. Difícil combater um inimigo disfarçado.
Descobri que no Rio de Janeiro, a pecha recai sobre os "Paraíba", que, aliás, podem ser qualquer nordestino. Com ou sem a "Cabeça chata", outra denominação usada no Sudeste para quem nasce no Nordeste.
Na Bahia, a herança escravocrata até hoje reproduz gestos e palavras que segregam. Já testemunhei pessoas esfregando o dedo indicador no braço, para se referir a um negro, como se a cor do sujeito explicasse uma atitude censurável.
Numa das conversas que tive com a jornalista Miriam Leitão, ela comentava:
-O Brasil gosta de se imaginar como uma democracia racial, mas isso é uma ilusão. Nós temos uma marcha de carnaval, feita há 40 anos, cantada até hoje. E ela é terrível. Os brancos nunca pensam no que estão cantando. A letra diz o seguinte:
"O teu cabelo não nega, mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega, mulata
Mulata, quero o teu amor".
"É ofensivo", diz Miriam. Como a cor de alguém poderia contaminar, como se fosse doença? E as pessoas nunca percebem.
A expressão "pé na cozinha", para designar a ascendência africana, é a mais comum de todas, e também dita sem o menor constragimento. É o retorno à mentalidade escravocrata, reproduzindo as mazelas da senzala.
O cronista Rubem Alves publicou esta semana na Folha de São Paulo um artigo no qual ressalta:
"Palavras não são inocentes, elas são armas que os poderosos usam para ferir e dominar os fracos. Os brancos norte-americanos inventaram a palavra 'niger' para humilhar os negros. Criaram uma brincadeira que tinha um versinho assim:
'Eeny, meeny, miny, moe, catch a niger by the toe'...que quer dizer, agarre um crioulo pelo dedão do pé (aqui no Brasil, quando se quer diminuir um negro, usa-se a palavra crioulo).
Em denúncia a esse uso ofensivo da palavra , os negros cunharam o slogan 'black is beautiful'. Daí surgiu a linguagem politicamente correta. A regra fundamental dessa linguagem é nunca usar uma palavra que humilhe, discrimine ou zombe de alguém".
Será que na era Obama vão inventar "Pé na Presidência", para se referir aos negros e mulatos americanos de hoje?
A origem social é outro fator que gera comentários tidos como "inofensivos" , mas cruéis. A Nação que deveria se orgulhar de sua mobilidade social, é a mesma que o picha o próprio Presidente de torneiro mecânico, semi-analfabeto. Com relação aos empregados domésticos, já cheguei a ouvir:
- A minha "criadagem" não entra pelo elevador social !
E a complacência com relação aos chamamentos, insultos, por vezes humilhantes, dirigidos aos homossexuais ? Os termos bicha, bichona, frutinha, biba, "viado", maricona, boiola e uma infinidade de apelidos, despertam risadas. Quem se importa com o potencial ofensivo?
Mulher é rainha no dia oito de março. Quando se atreve a encarar o trânsito, e desagrada o código masculino, ouve frequentemente:
- Só podia ser mulher! Ei, dona Maria, seu lugar é no tanque!
Dependendo do tom do cabelo, demonstrações de desinformação ou falta de inteligência, são imediatamente imputadas a um certo tipo feminino:
-Só podia ser loira!
Se a forma de administrar o próprio dinheiro é poupar muito e gastar pouco:
- Só podia ser judeu!
A mesma superficialidade em abordar as características de um povo se aplica aos árabes. Aqui, todos eles viram turcos. Quem acumula quilos extras é motivo de chacota do tipo: rolha de poço, polpeta, almôndega, baleia ...
Gosto muito do provérbio bíblico, legado do Cristianismo: "O mal não é o que entra, mas o que sai da boca do homem".
Invoco também a doutrina da Física Quântica, que confere às palavras o poder de ratificar ou transformar a realidade. São partículas de energia tecendo as teias do comportamento humano.
A liberdade de escolha e a tolerância das diferenças resumem o Princípio da Igualdade, sem o qual nenhuma sociedade pode ser Sustentável.
O preconceito nas entrelinhas é perigoso, porque , em doses homeopáticas, reforça os estigmas e aprofunda os abismos entre os cidadãos. Revela a ignorancia e alimenta o monstro da maldade.
Até que um dia um trabalhador perde o emprego, se torna um alcóolatra, passa a viver nas ruas e amanhece carbonizado:
-Só podia ser mendigo!
No outro dia, o motim toma conta da prisão, a polícia invade, mata 111 detentos, e nem a canção do Caetano Veloso é capaz de comover:
-Só podia ser bandido!
Somos nós os responsáveis pela construção do ideal de civilidade aqui em São Paulo, no Rio, na Bahia, em qualquer lugar do mundo. É a consciência do valor de cada pessoa que eleva a raça humana e aflora o que temos de melhor para dizer uns aos outros.
PS: Fui ao Ibirapuera num domingo e encontrei vários conterrâneos.

Rosana Jatobá - jornalista, graduada em Direito e Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, e mestranda em gestão e tecnologias ambientais da Universidade de São Paulo.

domingo, 11 de setembro de 2011

HOMEM MODERNO


Hoje fiz um belo passeio na tarde quente de Belo Horizonte. 30 graus !

Fui na sorveteria, passei pela praça e tomei um guarana.
Tinha uma bela MORENINHA comigo.Bem jovem 1993.
Nada de mais...Um bom momento...Um bom dialogo.

Detalhes que a mente atenta... É... mas aqui não tem fila !Tem LUGAR !
No meu coração tem lugares... parentes,amigos e você. >L<

Hoje em dia não tem mais amor... virou troca de favores :( tavez por isso a tal "fila" tem que andar pois não tem valor,amor,romance,olhos,sorriso sincero de felicidade ou um gemido...Muitas vezes nem SABOR!

Mas quando aparece alguém para ocupar um LUGAR no seu coração nunca mais avera filas ou senhas.

Mas então como aqui não tem fila e tão pouco chances de outra ocupar ou dividir seu espaço no meu coração S2.É seu de direito ! >L<
Pago qualquer preço para você ser a nº 1 ;)

A imagem bem que parece do tipinho que pega todas..."EU SEI" Mas não sou !
São as voltas que o munda dá !

Lembre-se !
"Não Julgue o livro pela capa."

“As pessoas são como almanaques e sempre bom abrir e dar uma olhada.”

domingo, 31 de julho de 2011

Traição, falta de ...


Respeito. Acredito que com esta palavra eu já consiga resumir tudo o que eu quero dizer neste texto.

Antes de qualquer coisa se pergunte: “E se fosse com você?”

Você está com uma pessoa, se compromete com ela, sua dignidade está em jogo e todo seu caráter e se isso não vale, não sei mais o que pode valer. No começo é tudo tão bom, paixão, sexo em lugares inusitados, descobertas, pensamentos voltados para o futuro e muito carinho. O tempo passa, a paixão acaba e a vida lhe oferece três caminhos: “Continuar o relacionamento transformando esta paixão em amor e assim aceitando a rotina, juntos”, “Terminar, pois o tesão passou e você não gosta dela suficientemente para pensar em casamento e afins” ou “Trair, ser um babaca, continuar na comodidade por medo de não conseguir ficar sozinho e assim fazer duas ou até três pessoas sofrerem por uma atitude fraca da sua parte.”

Sim, para nós é totalmente possível gostar de uma mulher e ao mesmo tempo desejar ou querer ficar com outras, mas dentro de tudo isso há uma linha tênue entre ter vontade e fazer, envolve seu caráter, respeito e admiração pela pessoa que está ao seu lado e que você dedicou tanto tempo e carinho. Nisso você pensa: “Ninguém vai descobrir, só preciso pegar um gás para o relacionamento” começa assim e você acha que não é nada, mas pronto você fez o mais difícil, começou, agora continuar é fácil.

A traição não deixa de ser o ato inconsciente de querer sair de uma relação sem saber como ou por medo de perder algo, também inconscientemente você acaba procurando características que a sua parceira não tem, assim tentando preencher aquele seu vazio. Um relacionamento já vem com o “pacote” pronto e infelizmente não se pode pegar uma qualidade daqui, um sexo selvagem dali e assim por diante.

Não prometa o que você não pode cumprir, seja sincero, deixe claro o que você quer, é tão fácil dizer o que você quer e pronto, você não engana ninguém, não se engana, não fica com peso na consciência e o mais importante não faz ninguém sofrer, mas antes de tudo descubra o que você realmente quer. Na minha sincera opinião são raros os casos que se é possível voltar depois de trair ou ser traído, você nunca mais confiará naquela pessoa como antes e isso ficará te corroendo toda vez que você desconfiar de algo, por menor que seja.

Se você não está feliz, como fará o outro feliz? Termine, siga sua vida e ache alguém que te complete do jeito que você tanto deseja. O mundo precisa de pessoas mais decididas, seguras e confiantes, pessoas que não precisam usar os outros para preencherem seus próprios vazios e principalmente pessoas que estejam com você por inteiro.

Existe vários tipo de traição, mas nenhuma se justifica. Erros acontecem, fato, mas seja franco consigo e assuma seus erros, seja homem o suficiente para ouvir o que tem que ser dito e antes de qualquer coisa, lembre-se: Não há bônus, sem ônus.

Repito, respeito.


Texto retirado do Blog Entenda os Homens: http://www.entendaoshomens.com/2011/05/traicao-falta-de.html

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A MULHER BOAZINHA por Martha Medeiros


Qual o elogio que uma mulher adora receber?

Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos:
mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais.
Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara.
Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação,
e ela decorará o seu número.
Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito,
da sua aura de mistério, de como ela tem classe:
ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.
Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua
perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.
Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe,
que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades,
que ela é um avião no mundo dos negócios.
Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade,
seu bom gosto musical.
Agora quer ver o mundo cair?
Diga que ela é muito boazinha.
Descreva aí uma mulher boazinha.
Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão.
Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja,
cuida dos sobrinhos nos finais de semana.
Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor.
Nunca teve um chilique.
Nunca colocou os pés num show de rock.
É queridinha.
Pequeninha.
Educadinha.
Enfim, uma mulher boazinha.
Fomos boazinhas por séculos.
Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas.
Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos.
A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas,
crucifixo em cima da cama, tudo certinho.
Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um
desejo incontrolável de virar a mesa.
Quietinhas, mas inquietas.
Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.
Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes,
estrelas, profissionais.
Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen.
Ser chamada de patricinha é ofensa mortal.
Pitchulinha é coisa de retardada.
Quem gosta de diminutivos, definha.
Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.
As boazinhas não têm defeitos.
Não têm atitude.
Conformam-se com a coadjuvância.
PH neutro.
Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções,
é o pior dos desaforos.
Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas,
apressadas, é isso que somos hoje.
Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.
As “inhas” não moram mais aqui.
Foram para o espaço, sozinhas.

sábado, 4 de junho de 2011

Amor


O estado mais elevado de amor não é, de modo algum, um relacionamento: é simplesmente um estado do seu ser.

Assim como as árvores são verdes, aquele que ama é amoroso. Elas não são verdes apenas para determinadas pessoas: não é que quando você aparecer elas se tornam verdes.

A flor continua espalhando sua fragrância quer alguém apareça ou não, quer alguém aprecie ou não.

A flor não começa a liberar sua fragrância quando um grande poeta está se aproximando — "Bem, este homem apreciará, este homem será capaz de compreender quem eu sou".

E ela não fecha suas portas quando vê que uma pessoa estúpida, idiota, está passando por ali — uma pessoa insensível, obtusa, um político ou alguém parecido... Ela não se fecha — "Qual o sentido? Por que jogar pérola aos porcos?"

Não, a flor continua espalhando sua fragrância. Trata-se de um estado, não de um relacionamento.

Osho, em "Vida, Amor e Riso"

terça-feira, 31 de maio de 2011

Meditação para ter confiança




Se você sente dificuldade para confiar, então você tem de retroceder. Tem de mergulhar fundo nas suas lembranças. Tem de voltar ao passado. Limpar a mente das impressões do passado. Você deve estar carregando um monte de lixo do passado; livre-se dele.

Essa é a chave para ter confiança: se você conseguir não só recordar tudo isso, mas também se livrar dessas lembranças. Faça isso durante a meditação.

Todo dia, à noite, faça essa retrospectiva durante uma hora. Tente recordar tudo o que aconteceu na sua infância. Quanto mais fundo você for, melhor — porque você esconde muitas coisas que aconteceram, sem deixá-las aflorar na consciência. Deixe que elas venham à superfície.

Se fizer isso todo dia, cada vez irá mais fundo. Primeiro você vai se lembrar de quando tinha em torno de 4 ou 5 anos, e não conseguirá ir além disso. De repente, será como se tivesse diante de você a Muralha da China.

Mas siga adiante — pouco a pouco, você verá que está indo mais fundo: 3 anos, 2 anos... Existe quem já tenha se lembrado de quando saiu do útero da mãe. Há quem tenha lembranças de quando estava dentro do útero e há quem vá além disso, lembrando-se do momento da morte numa vida passada.

Mas se você conseguir chegar ao ponto em que nasceu e puder relembrar esse momento, será uma experiência profunda, dolorosa. Será quase como nascer de novo. Você pode gritar como o bebê gritou pela primeira vez.

Pode se sentir sufocado como o bebê ao sair do útero — porque, por alguns segundos, ele não consegue respirar. Sente um sufocamento terrível: então grita e volta a respirar; a passagem se abre, os pulmões começam a funcionar. Talvez você precise começar desse ponto. Retroceder dali.

Tente outra vez, toda noite. Isso levará de três a nove meses, pelo menos, e todo dia você se sentirá mais aliviado, mais e mais aliviado, e a confiança, por sua vez, irá aumentando simultaneamente.

Depois que o passado estiver claro e você tiver visto tudo o que aconteceu, você se livrará dele. Esta é a chave: tome consciência de tudo o que você tem na memória e você se verá livre disso. A consciência liberta, a inconsciência gera escravidão.

Só assim será possível ter confiança.

Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"

domingo, 15 de maio de 2011

Não julgue a si mesmo


As pessoas lhe julgaram, e você aceitou a ideia delas sem nenhum exame minucioso.

E você está sofrendo por causa de todos os tipos de julgamentos das pessoas, e você está lançando esses julgamentos sobre outras pessoas.

E esse jogo ficou fora de proporção. Toda a humanidade está sofrendo disso.

Se você quer dar o fora disso, a primeira coisa é: não julgue a si mesmo.

Aceite humildemente sua imperfeição, seus fracassos, seus erros, suas fragilidades. Não há necessidade de fingir o contrário.

Basta ser você mesmo: "Isto é como eu sou, cheio de medo. Eu não posso ir para a noite escura, eu não posso ir para a floresta densa." O que há de errado nisso? — É apenas humano.


Osho, em "The Transmission of the Lamp"

domingo, 8 de maio de 2011

Quem disse que toda mãe é igual?



Toda mãe é diferente uma da outra, flor única nesse maravilhoso jardim da vida.
Há mães frágeis, mães fortes, mães que trabalham fora, mães independentes, mães que se dedicam à casa, mães que lutam, mães que se conformam.
Há mães que aproveitam a vida e mães bem comportadas;
Mães bem casadas e mães divorciadas;
Mães solteiras;
Mães muito jovens;
Mães envelhecidas;
Mães amigas e mães só mãe;
Mães adotivas;
Mães carinhosas e mães distantes;
Mães despreocupadas e mães possessivas; Mães que nunca deram à luz;
Mães que partiram cedo;
Mães que duram uma eternidade.
Não sabemos exatamente por que temos essa ou aquela mãe.
Mas isso não importa.
A nós cabe somente amá-la, afinal ela foi o caminho que Deus escolheu para que chegássemos à vida.
Autora: Letícia Thompson

domingo, 1 de maio de 2011

Primeiro, a harmonia consigo mesmo

Geralmente somos milhares de coisas, não apenas uma. Somos muitos, uma miríade, uma multidão.

Mas, quando um indivíduo se torna consciente, lentamente, lentamente, a multidão perde sua multiplicidade e se torna uma só pessoa, uma integração, uma cristalização - e então ocorre uma grande harmonia.

Primeiro você precisa entrar em harmonia consigo mesmo, para depois se harmonizar com o universo, as estrelas, a lua, o sol, as árvores e os pássaros - nesse todo, nesse vasto e infinito universo, você pode se fundir.

Há duas fusões: uma dentro de você mesmo - a primeira unidade -, e a outra com o todo - a segunda unidade. E nesses dois passos toda a jornada se completa.

Primeiro se torne íntegro consigo mesmo, e depois com o todo - é isso que chamo de santidade. Torne-se consciente e sua vida será só poesia, música, harmonia, unidade, unicidade. Sem isso, você vive em total futilidade, em vão.

Osho

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sexta-Feira da Paixão


Paixão do Senhor

Do Evangelho de S. Marcos 15, 33-34.37.39

"Chegado ao meio-dia,
houve trevas por toda a terra,
até às três da tarde.
Às três horas, Jesus exclamou em alta voz:
"Eloì, Eloì, lema sabactàni?"
que quer dizer:
Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste? (...)
Soltando um grande brado, Jesus expirou. (...)
Ao vê-Lo expirar daquela maneira,
o centurião, que se encontrava em frente d'Ele, exclamou: "Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus".

Eis o agir mais alto, mais sublime do Filho em união com o Pai. Sim, em união, na mais profunda união... precisamente quando grita: "Eloì, Eloì, lema sabactàni?", "Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?" (Mc 15, 34; Mt 27, 46). Este agir exprime-se na verticalidade do corpo estendido ao longo da trave perpendicular da Cruz com a horizontalidade dos braços estendidos ao longo do madeiro transversal. A pessoa que olha estes braços pode pensar com quanto esforço eles abraçam o homem e o mundo. Abraçam.

Eis o homem. Eis o próprio Deus. "N'Ele (...) vivemos, nos movemos e existimos" (Ato 17, 28). N'Ele, nestes braços estendidos ao longo da trave horizontal da Cruz. O mistério da Redenção.

Jesus, pregado na Cruz, imobilizado nesta terrível posição, invoca o Pai (cf. Mc 15, 34; Mt 27, 46; Lc 23, 46). Todas as suas invocações testemunham que Ele está unido com o Pai. "Eu e o Pai somos um" (Jo 10, 30); "Quem Me vê, vê o Pai" (Jo 14, 9); "Meu Pai trabalha continuamente e Eu também trabalho" (Jo 5, 17).

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um homem Inteligente Falando das Mulheres


Luiz Fernando Veríssimo

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.
Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

1. Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

2. Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

3. Flores
Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

4. Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

5. Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.

6. Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.

E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire GAY.

Só tem mulher, quem pode!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O Amor



Esse texto é muito lindo e verdadeiro...



O AMOR
Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como o barulho de um sino.
Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada.
Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.
Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.
Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo.
Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.
O amor é eterno. Existem mensagens espirituais, porém elas durarão pouco. Existe o dom de falar em línguas estranhas, mas acabará logo. Existe o conhecimento, mas também terminará.
Pois os nossos dons de conhecimento e as nossas mensagens espirituais são imperfeitos.
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá.
Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança.
O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus.
Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor.
Paulo de Tarso.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Papo Dispersivo Sobre A Paixão


Mais um texto lindo e verdadeiro de Artur da Távola...


As pessoas amam muito mais a expectativa do amor possível que o amor propriamente dito.

Daí a intensidade dos impulsos bloqueados, impedidos de expansão e movimento na direção do objeto amado. Os ‘‘grandes amores’’ da literatura são grandes não por serem amores, mas por serem impossíveis. Os grandes amores da vida real só quem sente é que sabe. A impossibilidade de dimensionar um impulso afetivo carrega de energia a fantasia. E essa se encarrega de dar dimensão ao que o exercício da relação talvez tirasse.

Na paixão impossível só estão as projeções do que idealizamos, pretendemos ou não conseguimos viver em nosso cotidiano. Daí ser fácil entender sua força, sua obsessiva presença na cabeça dos enamorados. É por isso, aliás, que só é musa quem é inatingível. Case-se com a sua musa e acordará com uma jararaca... Case-se com quem ama e será feliz.

Quer se ver livre de uma paixão colossal? Vá viver com a pessoa objeto da paixão (observem, por favor, que não estou usando a palavra amor). Aliás já está nos clássicos e mesmo antes deles, nos antigos, quando diziam que ‘‘A conquista enobrece e a posse avilta’’. Ou como dizia Goethe: ‘‘Nas batalhas da paixão ganha aquele que foge’’.

Quantas vezes as relações humanas terminam ou se interrompem sem terem esgotado o potencial de possibilidades adivinhadas, intuídas, sentidas. Aí, o que não se esgotou clama por vir à tona e muitas vezes ameaça ocupar (e às vezes ocupa, efetivamente) todo o ‘ego’. Não é por outra razão que o apaixonado é o maior dos egoístas. Ao dedicar tudo ao objeto da paixão, está é alimentando a própria necessidade seja de sofrimento, de idealização, de felicidade ou de fantasia. Entupido de impossibilidade, ele clama. E a isso muitos chamam de amor. Mas amor é coisa muito diversa. Amor não clama nem reclama: amor dá.

terça-feira, 15 de março de 2011

Ser Feliz


Ser feliz é sentir o sabor da água, a brisa no rosto, o cheiro da terra molhada. É extrair das pequenas coisas grandes emoções. É encontrar todos os dias motivos para sorrir, mesmo se não existirem grandes fatos. É rir de suas próprias tolices. É não desistir de quem se ama, mesmo se houver decepções. É ter amigos para repartir as lágrimas e dividir as alegrias. É ser um amigo do dia e um amante do sono. É agradecer a Deus pelo espetáculo da vida...
(Augusto Cury)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Trecho do livro Maktub (Paulo Coelho)


Maktub é um dos meus livros favoritos...




Diz o mestre:

A palavra é poder. As palavras transformam o mundo e o homem. Todos nós já escutamos dizer: "Não se deve falar das coisas boas que nos acontecem, pois a inveja alheia destruirá nossa alegria".

Nada disso: os vencedores falam com orgulho dos milagres em suas vidas. Se você coloca energia positiva no ar, ela atrai mais energia positiva - e alegra aqueles que realmente lhe querem bem.

Quanto aos invejosos, aos derrotados - estes só poderão lhe causar algum dano se você lhes der este poder. Não tema. Fale das coisas boas da sua vida para quem quiser ouvir. A Alma do Mundo precisa muito de sua alegria.

sábado, 5 de março de 2011

Encerrando Ciclos


Texto muito bom de Fernando Pessoa.

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Direitos Iguais para Iguais Direitos



Gosto muito de ler sobre o universo masculino bem como o machismo que permeia a mente dos homens. Lendo uma coluna na revista época sobre Mulheres Canalhas, o autor fala que sempre achou homens e mulheres muito parecidos, até parece né?

Aprendemos bem a lição, com os homens, deixamos de ser serviçais e fomos a luta, não só na área profissional como também na sentimental, e nessa os homens souberam ensinar direitinho, e como bem fala o autor da coluna, Ivan Martins:

Os homens, tanto quanto eu percebo, são incapazes de operar nesse universo de sutilezas, por uma razão essencial: não é fácil manipular o desejo das mulheres.

Homens são facilmente controláveis pelo zíper. Não é preciso ser uma beldade para fazer isso. Bastar ser sensual e gostar de sentir-se assim. E ter em si um grama de maldade. O roteiro é velho e batido: quando o sujeito quer, a moça não quer. Queria ontem, mas hoje não tem certeza. Aproxima-se, mas, depois, muda de ideia e se afasta. Enquanto isso, mantém o corpo desejado a uma distância impossível de ignorar, mas difícil de tocar. É fácil e simples.

Ivan, fala ainda que, quantos homens vocês conhecem que são capazes de manter uma mulher na rédea com esse tipo de ardil? Eu não conheço nenhum. Nas únicas situações em que vi esse tipo de coisa acontecendo, a mulher estava completamente apaixonada. Mulheres apaixonadas parecem perder o controle. Homens perdem o controle por luxúria, por lascívia, por desejo, por tesão – sentimentos muito mais corriqueiros neste mundo de meu deus. A gente vê isso acontecendo todos os dias.

Essas não são diferenças no interior do cérebro ou da alma, porém. São diferenças sociais que, de tão velhas, passaram a fazer parte de nós – até que sejam varridas da face da Terra por uma ou duas gerações criadas em igualdade.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Para todos os casais.



Esse texto é muito bom, e deveria ser sempre aplicado nas nossas relações...


"Por mais que o poder e o dinheiro tenham
conquistado uma ótima posição no ranking
das virtudes, o amor ainda lidera com folga.
Tudo o que todos querem é amar.
Encontrar alguém que faça bater forte o
coração e justifique loucuras.

Que nos faça entrar em transe, cair de quatro,
babar na gravata.

Que nos faça revirar os olhos, rir à toa,
cantarolar dentro de um ônibus lotado.
Depois que acaba esta paixão retumbante,
sobra o que? O amor. Mas não o amor
mistificado, que muitos julgam ter o poder
de fazer levitar.

O que sobra é o amor que todos conhecemos,
o sentimento que temos por mãe, pai, irmão,
filho. É tudo o mesmo amor, só que entre
amantes existe sexo.
Não existem vários tipos de amor, assim como
não existem três tipos de saudades, quatro de
ódio, seis espécies de inveja.

O amor é único, como qualquer sentimento, seja
ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher
não há laços de sangue, a sedução tem que ser
ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de
durabilidade, qualquer alteração no tom de voz
nos fragiliza, e de cobrança em cobrança
acabamos por sepultar uma relação que poderia
ser eterna.

Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo,
mas insustentável. O sucesso de um casamento
exige mais do que declarações românticas.

Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.

É preciso que haja, antes de mais nada, respeito.
Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência.

Amor, só, não basta.

Não pode haver competição. Nem comparações.

Tem que ter jogo de cintura para acatar regras
que não foram previamente combinadas.

Tem que haver bom humor para enfrentar
imprevistos, acessos de carência, infantilidades.


Tem que saber levar.
Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência.

Um cérebro programado para enfrentar
tensões pré-menstruais, rejeições, demissões
inesperadas, contas pra pagar.

Tem que ter disciplina para educar filhos, dar
exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem visando a longevidade
do matrimônio tem que haver um pouco de
silêncio, amigos de infância, vida própria, um
tempo pra cada um. Tem que haver confiança.

Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar, "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que o amor
é só poesia, tem que haver discernimento, pé no
chão, racionalidade. Tem que saber que o amor
pode ser bom, pode durar para sempre, mas que
sozinho não dá conta do recado. O amor é grande
mas não é dois.

É preciso convocar uma turma de sentimentos
para amparar esse amor que carrega o ônus da
onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.



Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!"



(Autor: Arthur da Tavola)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Diga não a aprovação do aborto no Brasil


SÁBIO GINECOLOGISTA

Uma mulher chegou apavorada no consultório de seu ginecologista e disse:

- Doutor, o senhor terá que me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e já estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo...

O médico então perguntou:

- Muito bem.. O que a senhora quer que eu faça?

A mulher respondeu:

- Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.
O médico então pensou um pouco e depois de algum tempo em silêncio disse para a mulher:

- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora.

A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.

O médico então completou:

- Senhora, para não ficar com dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, e terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque, sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...

A mulher apavorou-se e disse:

- Não doutor! Que horror! Matar uma criança é um crime horrível.

- Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la.

O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito. Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar uma criança que nasceu e matar uma ainda por nascer - ambas estão vivas!!!

"O CRIME É O MESMO !!"

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pedaços de Mim




Mais um texto de Martha Medeiros, ela é ótima e escreve com a alma!!

Somos feitos de muitos pedaços...


Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos
Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão
Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci
Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante

Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas
Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar
Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei
Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

Martha Medeiros

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Coração de Criança


E que venha o final de semana!!!!


Todo mundo carrega dentro de si uma criança.

E todo mundo aprende a reprimi-la para ser adulto.

Crescemos e "temos" que ser sérios.
Quantas vezes você já não ouviu alguém dizer: "deixe de criancice!"?
E desde quando precisamos deixar de ser crianças?


Ria de você mesmo, seja "ridículo",

brinque na chuva, de fazer castelos na areia, de fazer castelos no ar...

sonhe, faça bagunça no meio da rua, cante na hora que der vontade,
converse com você mesmo como se tivesse conversando com um amiguinho,
assista desenho animado e veja a sua vida
como se ela fosse um desenho animado,
brinque com uma criança... como uma criança...


Fique feliz simplesmente por ficar,

sorria e ria sem motivo,

ria de você, dos seus dramas, do ridículo das situações...


E acredite na pureza do ser humano...

na pureza de criança que talvez esteja escondida,

mas que existe em cada um de nós.


Para alguns você vai parecer louco, bobo ou infantil...

mostre a língua para esses "alguns" e diga,

como uma criança: "sou bobo mas sou feliz!"


Esses "alguns" com certeza têm uma criança maluquinha,

doida pra fazer bagunça também.


A vida já é muito complicada para vivermos sérios e carrancudos.

E isso tudo não é deixar de viver com seriedade...

é viver com a leveza de uma criança

e obrigações de adulto.


Fica muito mais fácil viver assim.

Com um coração de criança. Sempre.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"




Devemos buscar soluções para melhorar a nossa vida, sempre!!!

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo.

Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão.

Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe.

Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.

Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas.

São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Maria

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Torna-se mulher...



Simone de Beauvoir, escritora e feminista, uma das minhas preferidas...


“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.” A frase de Simone de Beauvoir em O Segundo Sexo se tornou tão forte e tão repetida que é, ao mesmo tempo, um tributo e um desserviço a sua obra. Tributo, porque é uma frase forte que condensa um pensamento inovador: o de que por trás de nossas características biológicas existe um edifício feito de preconceitos e dominação que nada têm de naturais.


Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino. Somente a mediação de outrem pode constituir um indivíduo como um Outro. Enquanto existe para si, a criança não pode apreender-se como sexualmente diferenciada. Entre meninas e meninos, o corpo é, primeiramente, a irradiação de uma subjetividade, o instrumento que efetua a compreensão do mundo: é através dos olhos, das mãos e não das partes sexuais que apreendem o universo. O drama do nascimento, o da desmama desenvolvem-se da mesma maneira para as crianças dos dois sexos; têm elas os mesmos interesses, os mesmos prazeres; a sucção é, inicialmente, a fonte de suas sensações mais agradáveis; passam depois por uma fase anal em que tiram, das funções excretórias que lhe são comuns, as maiores satisfações; seu desenvolvimento
genital é análogo; exploram o corpo com a mesma curiosidade e a mesma indiferença; do clitóris e do pênis tiram o mesmo prazer incerto; na medida em que já se objetiva sua sensibilidade, voltam–se para a mãe: é a carne feminina, suave, lisa, elástica que suscita
desejos sexuais e esses desejos são preensivos; é de uma maneira agressiva que a menina, como o menino, beija a mãe, acaricia-a, apalpa-a; têm o mesmo ciúme se nasce outra criança; manifestam-no da mesma maneira: cólera, emburramento, distúrbios urinários;
recorrem aos mesmos ardis para captar o amor dos adultos.
Até os doze anos a menina é tão robusta quanto os irmãos e manifesta as mesmas capacidades intelectuais; não há terreno em que lhe seja proibido rivalizar com eles. Se, bem antes da puberdade e, às vezes, mesmo desde a primeira infância, ela já se apresenta
como sexualmente especificada, não é porque misteriosos instintos a destinem imediatamente à passividade, ao coquetismo, à maternidade: é porque a intervenção de outrem na vida da criança é quase original e desde seus primeiros anos sua vocação lhe é imperiosamente insuflada.

O Segundo Sexo, volume 2. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1967,
2ª edição, pp. 9-10.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Receita de bem Viver!


1. Os desejos são ilimitados, o seu tempo não
Defina metas, prioridades na sua vida. Faça periodicamente uma revisão de seus objetivos.
2. Você é responsável e senhor da própria qualidade de vida
Defenda seus direitos. Aprenda a ser eficaz e a ter ritmo: trabalho/lazer/alimentação/repouso/inspiração/expiração.
A qualidade de vida é uma planta que necessita ser regada sempre.
3. Você é um só
Você só tem um coração. Portanto, faça uma coisa de cada vez. Tenha atividades e relações relaxantes.
4. Cuide do seu corpo
Escolha alimentos saudáveis, evitando agressões do tipo fumo, droga, excesso de bebida e comida.
Reduza a ingestão de café. Beba oito copos de água, no mínimo, por dia. Mantenha seus intestinos funcionando bem.
Faça atividades físicas, no mínimo três vezes por semana. Mantenha seu peso corporal em um nível satisfatório para você.
Ponha os pés descalços na terra por um mínimo de 20 minutos, em um lugar de muito verde, uma vez por semana.
Faça um check-up anualmente.
5. Cuide de sua mente
Seja seletivo com o que lê e vê. Reduza o hábito de assistir televisão. Exercite sua criatividade com música e artes em geral.
Faça coisas que nunca fez, indo a lugares a que nunca foi. Quebre rotinas e experimente o novo.
6. Que a sua casa seja um lar
Um lugar acolhedor que o receba ao final de um dia cansativo, oferecendo-lhe conforto, calor à sua alma, repouso e amorosidade.
Que seja um ninho para refazer as suas forças. Cuidado: não gaste todas as suas energias para ter uma casa e todos os bens de consumo do mundo moderno.
Pode não lhe sobrar nem um minuto para usufruí-los.
Tornar uma casa um lar é um aprendizado contra o stress.
7. Descubra quem é você
Qual é seu temperamento, quais são suas crenças? Seja coerente com elas. Defenda seu bem-estar.
Cultive um respeito saudável por sua individualidade e privacidade.
8. Não seja onipotente
Aprenda com os outros, procure ajuda necessária com amigos, médicos, terapeutas.
Ouça e veja, para depois identificar quem são os aliados necessários e aqueles a quem deve evitar.
Não avalie pessoas e situações com preconceito. Às vezes, a resposta de uma situação difícil e estressante está numa atitude ou pensamento inédito.
9. Conheça e respeite o outro
Ouça com atenção, buscando compreender o que o outro quer dizer.
Ao verbalizar, certifique-se de estar sendo claro e compreensivo com o outro. O outro não é melhor nem pior que você.
Ele é diferente, o que torna necessário o esforço de entendimento de ambos os pontos de vista.
Aceitar e usufruir as diferenças é sabedoria.
10. Amor, intimidade e sexualidade
Relações compulsivas, superficiais, narcisistas são como fast-food: costumam ser atraentes, mas não são nutritivas e podem custar muito caro no médio prazo. Cuide para desenvolver intimidade com pessoas com as quais sinta afinidade.
Cultive a espontaneidade, sinceridade, amizade, alegria e prazer nas trocas afetivas.
Deixe o sentimento fluir: “O amor faz bem ao coração".
11. Centre-se e equilibre-se
Todo dia encontre um tempo para esvaziar-se e estar consigo mesmo.
Use técnicas auxiliares como meditação, respiração e massagens para relaxamento.
Não seja escravo nem de si mesmo. Tenha férias! Contra o stress, o período mínimo de férias é de 21 dias consecutivos.
Tenha férias compatíveis com suas condições físicas, psíquicas e financeiras.
Lembre-se: programas com muitos estímulos são prazerosos para quem está vitalizado.
Não leve em sua bagagem de férias seu chefe, sua empresa, companhias desgastantes, seu computador e malas sem alça.
12. Tenha fé
Uma situação, qualquer que seja, nunca é apenas boa ou ruim. Haverá sempre custos e benefícios.
Quanto mais luz, mais sombra. Nunca se esqueça de que tudo é temporário.
É muito importante preservar-se para a próxima etapa. Você é único, o que te faz valioso.
Confie em Deus. E sempre... sempre... sorria !

Fonte: Jornal Estado de minas
Autora: Acely Gonçalves

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sempre Acontece...

Muitas vezes deixamos a nossa vida correr, sem tomarmos as rédeas e sempre nos acostumando com tudo, com as relações que não deram certo, com a falta de amor, de carinho de amizade, enfim deixamos tudo do jeito que está.

Esse texto é muito legal, e fala um pouco sobre isso...

Vou pensar melhor na minha vida e no que estou fazendo com ela...


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Marina Colasanti