terça-feira, 31 de maio de 2011

Meditação para ter confiança




Se você sente dificuldade para confiar, então você tem de retroceder. Tem de mergulhar fundo nas suas lembranças. Tem de voltar ao passado. Limpar a mente das impressões do passado. Você deve estar carregando um monte de lixo do passado; livre-se dele.

Essa é a chave para ter confiança: se você conseguir não só recordar tudo isso, mas também se livrar dessas lembranças. Faça isso durante a meditação.

Todo dia, à noite, faça essa retrospectiva durante uma hora. Tente recordar tudo o que aconteceu na sua infância. Quanto mais fundo você for, melhor — porque você esconde muitas coisas que aconteceram, sem deixá-las aflorar na consciência. Deixe que elas venham à superfície.

Se fizer isso todo dia, cada vez irá mais fundo. Primeiro você vai se lembrar de quando tinha em torno de 4 ou 5 anos, e não conseguirá ir além disso. De repente, será como se tivesse diante de você a Muralha da China.

Mas siga adiante — pouco a pouco, você verá que está indo mais fundo: 3 anos, 2 anos... Existe quem já tenha se lembrado de quando saiu do útero da mãe. Há quem tenha lembranças de quando estava dentro do útero e há quem vá além disso, lembrando-se do momento da morte numa vida passada.

Mas se você conseguir chegar ao ponto em que nasceu e puder relembrar esse momento, será uma experiência profunda, dolorosa. Será quase como nascer de novo. Você pode gritar como o bebê gritou pela primeira vez.

Pode se sentir sufocado como o bebê ao sair do útero — porque, por alguns segundos, ele não consegue respirar. Sente um sufocamento terrível: então grita e volta a respirar; a passagem se abre, os pulmões começam a funcionar. Talvez você precise começar desse ponto. Retroceder dali.

Tente outra vez, toda noite. Isso levará de três a nove meses, pelo menos, e todo dia você se sentirá mais aliviado, mais e mais aliviado, e a confiança, por sua vez, irá aumentando simultaneamente.

Depois que o passado estiver claro e você tiver visto tudo o que aconteceu, você se livrará dele. Esta é a chave: tome consciência de tudo o que você tem na memória e você se verá livre disso. A consciência liberta, a inconsciência gera escravidão.

Só assim será possível ter confiança.

Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"

domingo, 15 de maio de 2011

Não julgue a si mesmo


As pessoas lhe julgaram, e você aceitou a ideia delas sem nenhum exame minucioso.

E você está sofrendo por causa de todos os tipos de julgamentos das pessoas, e você está lançando esses julgamentos sobre outras pessoas.

E esse jogo ficou fora de proporção. Toda a humanidade está sofrendo disso.

Se você quer dar o fora disso, a primeira coisa é: não julgue a si mesmo.

Aceite humildemente sua imperfeição, seus fracassos, seus erros, suas fragilidades. Não há necessidade de fingir o contrário.

Basta ser você mesmo: "Isto é como eu sou, cheio de medo. Eu não posso ir para a noite escura, eu não posso ir para a floresta densa." O que há de errado nisso? — É apenas humano.


Osho, em "The Transmission of the Lamp"

domingo, 8 de maio de 2011

Quem disse que toda mãe é igual?



Toda mãe é diferente uma da outra, flor única nesse maravilhoso jardim da vida.
Há mães frágeis, mães fortes, mães que trabalham fora, mães independentes, mães que se dedicam à casa, mães que lutam, mães que se conformam.
Há mães que aproveitam a vida e mães bem comportadas;
Mães bem casadas e mães divorciadas;
Mães solteiras;
Mães muito jovens;
Mães envelhecidas;
Mães amigas e mães só mãe;
Mães adotivas;
Mães carinhosas e mães distantes;
Mães despreocupadas e mães possessivas; Mães que nunca deram à luz;
Mães que partiram cedo;
Mães que duram uma eternidade.
Não sabemos exatamente por que temos essa ou aquela mãe.
Mas isso não importa.
A nós cabe somente amá-la, afinal ela foi o caminho que Deus escolheu para que chegássemos à vida.
Autora: Letícia Thompson

domingo, 1 de maio de 2011

Primeiro, a harmonia consigo mesmo

Geralmente somos milhares de coisas, não apenas uma. Somos muitos, uma miríade, uma multidão.

Mas, quando um indivíduo se torna consciente, lentamente, lentamente, a multidão perde sua multiplicidade e se torna uma só pessoa, uma integração, uma cristalização - e então ocorre uma grande harmonia.

Primeiro você precisa entrar em harmonia consigo mesmo, para depois se harmonizar com o universo, as estrelas, a lua, o sol, as árvores e os pássaros - nesse todo, nesse vasto e infinito universo, você pode se fundir.

Há duas fusões: uma dentro de você mesmo - a primeira unidade -, e a outra com o todo - a segunda unidade. E nesses dois passos toda a jornada se completa.

Primeiro se torne íntegro consigo mesmo, e depois com o todo - é isso que chamo de santidade. Torne-se consciente e sua vida será só poesia, música, harmonia, unidade, unicidade. Sem isso, você vive em total futilidade, em vão.

Osho