sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Por que as pessoas entram em nossas vidas




Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida.Pare aqui e simplesmente SORRIA."Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro,Ame como se você nunca tivesse sido magoado, e dance comose ninguém estivesse te observando.""O maior risco da vida é não fazer NADA."
Martha Medeiros

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Precisamos de mais amor...


Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".Antes idiota que infeliz!
Arnaldo Jabor

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.A razão de ser da sua vida é você mesmo.A sua paz interior deve ser a sua meta de vida; quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe dentro de si.Pare de procurar a sua felicidade cada dia mais longe.Não tenha objetivos longe demais das suas mãos, abrace aqueles que estão ao seu alcance hoje.Se está desesperado devido a problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busque no seu interior a resposta para se acalmar, você é reflexo do que pensa diariamente.Pare de pensar mal de si mesmo, e seja o seu próprio melhor amigo, sempre.Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar.Então abra um sorriso de aprovação para o mundo, que tem o melhor para lhe oferecer.Com um sorriso, as pessoas terão melhor impressão sua, e você estará afirmando para si mesmo, que está "pronto"para ser feliz.Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.Pare de esperar que a felicidade chegue sem trabalho.Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.Agradeça tudo aquilo que está na sua vida, neste momento, incluindo nessa gratidão, a dor.A nossa compreensão do universo ainda é muito pequena, para julgarmos o que quer que seja na nossa vida.
Paulo Roberto Gaefke

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Criando Monstros

O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… NADA? Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes? O rapaz deu a resposta: 'ela não quis falar comigo'. A garota disse Não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante. Não quero ser comparado como um desses psicólogos que infestam os programas vespertinos de TV, que explicam tudo de maneira simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda. Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou à polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça. O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos (e alguns maridos, temem dizer não às esposas). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal. Os pais dizem: 'não posso traumatizar meu filho'. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque. Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS, crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante...Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara. Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Caso Eloá


Feminicídio ao vivo: o que nos clama Eloá
Tudo o que o Brasil acompanhou com pesar no drama de Eloá, em suas cem horas de suplício em cadeia nacional, não pode ser visto apenas como resultado de um ato desesperado de um rapaz desequilibrado por causa de uma intensa ou incontrolada paixão. É uma expressão perversa de um tipo de dominação masculina ainda fortemente cravada na cultura brasileira.
No Brasil, foram os movimentos feministas que iniciaram nos anos de 1970, as denúncias, mobilização e enfrentamento da violência de gênero contra as mulheres que se materializava nos crimes cometidos por homens contra suas parceiras amorosas. Naquele período ainda estava em vigor o instituto da defesa da honra, e desenvolveram- se ações de movimentos feministas e democráticos pela punição aos assassinos de mulheres. A alegação da defesa da honra era então justificativa para muitos crimes contra mulheres, mas no contexto de reorganização social para a conquista da democracia no país e do surgimento de movimentos feministas, este tema vai emergir como questão pública, política, a ser enfrentada pela sociedade por ferir a cidadania e os direitos humanos das mulheres.
O assassinato de Ângela Diniz, em dezembro de 1976, por seu namorado Doca Street, foi o acontecimento desencadeador de uma reação generalizada contra a absolvição do criminoso em primeira instância, sob alegação de que o crime foi uma reação pela defesa "honra". Na verdade, as circunstâncias mostravam um crime bárbaro motivado pela determinação da vítima em acabar com o relacionamento amoroso, e a inconformidade do assassino com este fim. Essa decisão da justiça revoltou parcelas significativas da sociedade cuja pressão levou a um novo julgamento em 1979 que condenou o assassino. Outro crime emblemático foi o assassinato de Eliane de Grammont pelo seu ex-marido Lindomar Castilho em março de 1981. Crimes que motivaram a campanha "quem ama não mata".
Agora, após três décadas, o Brasil assistiu ao vivo, testemunhando, o assassinato de uma adolescente de 15 anos por um ex-namorado inconformado com o fim do relacionamento. Um relacionamento que ele mesmo tomou a iniciativa de acabar por ciúmes, e que Eloá não quis reatar. O assassino, durante 100 horas manteve Eloá e uma amiga em cárcere privado, bateu na vitima, acusou, expôs, coagiu e por fim martirizou o seu corpo com um tiro na virilha, local de representação da identidade sexual, e na cabeça, local de representação da identidade individual. Um crime em que não apenas a vida de um corpo foi assassinada, mas o significado que carrega – o feminino.
Um crime do patriarcado que se sustenta no controle do corpo, da vontade e da capacidade punitiva sobre as mulheres pelos homens. O feminicídio é um crime de ódio, realizado sempre com crueldade, como o "extremo de um continuum de terror anti-feminino" , incluindo várias formas de violência como sofreu Eloá, xingamentos, desconfiança, acusações, agressões físicas, até alcançar o nível da morte pública. O que o seu assassino quis mostrar a todas/os nós? Que como homem tinha o controle do corpo de Eloá e que como homem lhe era superior? Ao perceber Eloá como sujeito autônomo, sentiu-se traído, no que atribuía a ela como mulher (a submissão ao seu desejo), e no que atribuía a si como homem (o poder sobre ela - base de sua virilidade). Assim o feminicídio é um crime de poder, é um crime político. Juridicamente é um crime hediondo, triplamente qualificado: motivo fútil, sem condições de defesa da vítima, premeditado.
Se antes esses crimes aconteciam nas alcovas, nos silêncios das madrugadas, estão agora acontecendo em espaços públicos, shoppings, estabelecimentos comerciais, e agora na mídia. Para Laura Segato [1] é necessário retirar os crimes contra mulheres da classificação de homicídios, nomeando-os de feminicídio e demarcar frente aos meios de comunicação esse universo dos crimes do patriarcado. Esse é o caminho para os estudos e as ações de denúncia e de enfrentamento para as formas de violência de gênero contra as mulheres.
Muita coisa já se avançou no Brasil na direção da garantia dos direitos humanos das mulheres e da equidade de gênero, como a criação das Delegacias de Apoio às Mulheres - DEAMs, que hoje somam 339 no país, o surgimento de 71 casas abrigo, além de inúmeros núcleos e centros de apoio que prestam atendimento e orientação às mulheres vítimas, realizando trabalho de denúncia e conscientizaçã o social para o combate e prevenção dessa violência, além de um trabalho de apoio psicológico e resgate pessoal das vítimas. Também ocorreram mudanças no Código Penal como a retirada do termo "mulher honesta" e a adoção da pena de prisão para agressores de mulheres, em substituição às cestas básicas. A criação da Lei 11.340, a Lei Maria da Penha, para o enfrentamento da violência doméstica contra as mulheres.
Mas, ainda assim, as violências e o feminicídio continuam a acontecer. Vejamos o exemplo do Estado do Ceará: em 2007, 116 mulheres foram vítimas de assassinato no Ceará; em 2006, 135 casos foram registrados; em 2005, 118 mortes e em 2004, mais 105 casos [2]. As mulheres estão num caminho de construção de direitos e de autonomia, mas a instituição do patriarcado continua a persistir como forma de estruturação de sujeitos. É preciso que toda a sociedade se mobilize para desmontar os valores e as práticas que sustentam essa dominação masculina, transformando mentalidades, desmontando as estruturas profundas que persistem no imaginário social apesar das mudanças que já praticamos na realidade cotidiana. O comandante da ação policial de resgate de Eloá declarou que não atirou no agressor por se tratar de "um jovem em crise amorosa", num reconhecimento ao seu sofrer. E o sofrer de Eloá? Por que não foi compreendida empaticamente a sua angústia e sua vontade (e direito) de ser livremente feliz?
Notas:[1] SEGATO, Rita Laura. Que és um feminicídio. Notas para um debateemergente. Serie Antropologia, N. 401. Brasília: UNB, 2006.[2] Dados disponíveis em: http://www.patricia galvao.org. br/apc-aa-patriciagalvao/ home/noticias. ...=1076* Maria Dolores é Socióloga, professora da Universidade Federal do Ceará /Maria da Penha é inspiradora do nome da Lei Federal 11340/2006 e colaboradora de Honra da Coordenadoria de Políticas para Mulheres da Prefeitura de Mulheres

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Hoje é Tempo de ser Feliz!!!


A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver. Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes. Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós,será plantação que poderá ser vista de longe... Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!" Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura. Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos! Infelicidade, talvez seja o contrário. O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã! Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas. Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores... Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa. Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam... Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem... Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena... Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade... Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo. Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo. Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz. Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida. Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito... A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..." Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões. Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma. Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)
Padre Fábio de Melo

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Há Momentos


Há momentos na vida em que sentimos tantoa falta de alguém que o que mais queremosé tirar esta pessoa de nossos sonhose abraçá-la.Sonhe com aquilo que você quiser.Seja o que você quer ser,porque você possui apenas uma vidae nela só se tem uma chancede fazer aquilo que se quer.Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.Dificuldades para fazê-la forte.Tristeza para fazê-la humana.E esperança suficiente para fazê-la feliz.As pessoas mais felizesnão têm as melhores coisas.Elas sabem fazer o melhordas oportunidades que aparecemem seus caminhos.A felicidade aparece para aqueles que choram.Para aqueles que se machucam.Para aqueles que buscam e tentam sempre.E para aqueles que reconhecema importância das pessoas que passam por suas vidas.O futuro mais brilhanteé baseado num passado intensamente vivido.Você só terá sucesso na vidaquando perdoar os errose as decepções do passado.A vida é curta, mas as emoções que podemos deixarduram uma eternidade.A vida não é de se brincarporque um belo dia se morre.
Clarice Lispector

terça-feira, 21 de outubro de 2008

DEFINITIVO


Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...
Carlos Drumond de Andrade

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A Idiotice é Vital para a Felicidade


Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, pq fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em vc. Ignore o que o boçal do seu chefe disse.Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente é ele, pobre dele! Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausencia de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e ponto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselhos para tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?Hahahaha. Alguem que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Qto tempo faz que vc não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E dai, o que elas farão se já não têm pq se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Vc quer? espero que não. Tudo o que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura, piora se for densa. Dura, densa e bem ruim.Brincar é legal. Entendeu? esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteiras, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Alias, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora? "a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios" "por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche".
Arnaldo Jabor

Vida


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Idade de Ser Feliz


Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos. Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Antígona- Sófocles


Numa das mais belas e dramáticas tragédias já escritas, Sófocles devassa em toda a sua profundidade o amor, a lealdade, a dignidade. A historia conta a historia de Antígona, que deseja enterrar seu irmão Polinice, que atentou contra a cidade de Tebas, mas o tirano da cidade,Creonte, promulgou uma lei impedindo que os mortos que atentaram contra a lei da cidade fossem enterrados, o que era uma grande ofensa para o morto e sua família, pois a alma do morto não faria a transição adequada ao mundo dos mortos. Antígona, enfurecida, vai então sozinha contra a lei de uma cidade e enterra o irmão, desafiando todas as leis da cidade, Antígona é então capturada e levada até Creonte, que sentencia Antígona a morte, não adiantando nem os apelos de Hemon, filho de Creonte e noivo de Antígona, que clama ao pai pelo bom senso e pela vida de Antígona, pois ela apenas queria dar um enterro justo ao irmão.Hemon briga com Creonte e então Antígona é levada a morte, uma tumba aonde Antígona ficará até morrer. Aparece então Tirésias, o adivinho, que avisa a Creonte que sua sorte está acabando, pois o orgulho em não enterrar Polinice acabará destruindo seu governo. Antes de poder fazer algo, Creonte descobre que Hemon, seu filho, se matou, desgostoso com a pena de morte de Antígona.Aparece Eurídice e conta que, ao abrir a tumba onde Antígona estava presa, encontram-na enforcada e Hemon a seus Creonte se aproxima e então Hemon se mata, após tentar acertar o pai.Eurídice, desiludida pela morte do filho também se mata, para desespero de Creonte, que ao ver toda sua família morta se lamenta por todos os seus atos, mas principalmente pelo ato de não ter atendido o desígnio dos deuses, o que lhe custou a vida de todos aqueles que lhe eram queridos.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008


Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Charles Chaplin

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A Raposa e o Príncipe


E foi então que apareceu a raposa:
__Bom dia,disse a raposa.
__Bom dia,respondeu polidamente o principezinho,que se voltou,mas não viu nada.Eu estou aqui,disse a voz,debaixo da macieira...
__Quem és tu?perguntou o principezinho.Tu és bem bonita...
__Sou uma raposa,disse a raposa.
__Vem brincar comigo,propôs o principezinho.Estou tão triste...
_Eu não posso brincar contigo,disse a raposa.Não me cativaram ainda.
__Ah!desculpa,disse o principezinho.Após uma reflexão,acrescentou:
__Que quer dizer "cativar"?
__Tu não és daqui,disse a raposa.Que procuras?
__Procuro os homens,disse o principezinho.Que quer dizer "cativar"?
__Os homens,disse a raposa,têm fuzis e caçam.É bem incômodo! Criam galinhas também.É a única coisa interessante que eles fazem.Tu procuras galinhas?
__Não,disse o principezinho.Eu procuro amigos.Que quer dizer "cativar"?
__É uma coisa muito esquecida,disse a raposa.Significa "criar laços...".
__Criar laços?
__Exatamente,disse a raposa.Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.E eu não tenho necessidade de ti.E tu não tens necessidade de mim.Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas.Mas se tu me cativas,nós teremos necessidade um do outro.Serás para mim único no mundo.E eu serei para ti única no mundo...
__Começo a compreender,disse o principezinho...Existe uma flor...eu creio que ela me cativou...
__É possível,disse a raposa.Vê-se tanta coisa na Terra...
__Oh!não foi na Terra,disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:__Num outro planeta?
__Sim.
__Há caçadores nesse planeta?
__Não.
__Que bom.E galinhas?
__Também não.
__Nada é perfeito,suspirou a raposa.Mas a raposa voltou à sua idéia:__Minha vida é monótona.Eu caço galinhas e os homens me caçam.Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também.E por isso me aborreço um pouco.Mas se tu me cativas,minha vida será como que cheia de sol.Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.O teu me chamará para fora da toca,como se fosse música.E depois,olha!Vês lá longe,os campos de trigo?Eu não como pão.O trigo para mim é inútil.Os campos de trigo não me lembram coisa alguma.E isso é triste!Mas tu tens cabelos cor de ouro.Então será maravilhoso quando me tiveres cativado.O trigo,que é dourado,fará lembrar-me de ti.E eu amarei o barulho do vento no trigo...A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:__Por favor...cativa-me!disse ela.
__Bem quisera,disse o principezinho,mas eu não tenho muito tempo.Tenho amigos a descobrir e muitas coisasa conhecer.
__A gente só conhece bem as coisas que cativou,disse a raposa.Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.Compram tudo prontinho nas lojas.Mas como não existem lojas de amigos,os homens não têm mais amigos.Se tu queres um amigo,cativa-me!
__Que é preciso fazer?perguntou o principezinho.
__É preciso ser paciente,respondeu a raposa.Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim,assim,na relva.Eu te olharei para o canto do olho e tu não dirás nada.A linguagem é uma fonte de mal-entendidos.Mas,cada dia,te sentarás mais perto...No dia seguinte o principezinho voltou.
__Teria sido melhor voltares à mesma hora,disse a raposa.Se tu vens,por exemplo,às quatro da tarde,desde às três eucomeçarei a ser feliz.Quanto mais a hora for chegando,mais eu me sentirei feliz.Às quatro horas então,estarei inquietae agitada:descobrirei o preço da felicidade!
Antoine de Saint-Exupèry

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Eu Te Amo


Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também.No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração tribalista se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar. Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...O cara diz que te ama, então tá! Ele te ama.Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.Mas ouvir que é amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras, precisa de lealdade, sinceridade, fidelidade...Sentir-se amado, é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você quando for preciso.Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou há dois anos atrás; é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão....Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala;quem não concorda, mas escuta.Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!'Me ame quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso'.
Texto Arnaldo Jabor

domingo, 12 de outubro de 2008

Conselho


O texto que segue foi escrito para uma formatura, por Nizan Guanaes,paraninfo de uma turma na Faap. Olhe só o que este publicitário escreveu.Deve ser por isso que é um dos melhores redatores do mundo e dono da Agência DM9 (aquela dos bichinhos da Parmalat).


“Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns.
Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.
Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha.
Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar.
E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma. A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: “Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo” E ela responde: “Eu também não, meu filho”.
Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário.
Digo apenas que pensar e realizar, tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.
Meu segundo conselho.
Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo.
O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de OdoricoParaguassu.
Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: “Seja quente ou seja frio,não seja morno que eu te vomito”. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudicéia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito: É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer,o remanso.
Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor,não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.
Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.
Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!,eu sabia! Toda família tem um tio batalhador e bem de vida.
E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa.
Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam.
Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.
Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso.
Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios. O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho. Trabalhe!Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas,mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seuesforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que osacomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso.”
“TRABALHE EM ALGO QUE VOCÊ REALMENTE GOSTE, E VOCÊ NUNCA PRECISARÁ TRABALHAR NA VIDA”
Nizan Guanaes

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Leviatã


No Antigo Testamento, a imagem do 'Leviatã é retratada pela primeira vez no Livro de Jó, capítulo 41. Sua descrição na referida passagem é breve. Uma nota explicativa revela uma primeira definição: “monstro que se representa sob a forma de crocodilo, segundo a mitologia fenícia” (Velho Testamento, 1957: 614). Não se deve perder de vista que nas diversas descrições no Antigo Testamento ele é caracterizado sob diferentes formas, uma vez que funde-se com outros animais.


Na definição de Hobbes, o Leviatã
(…) nada mais é senão um homem artificial, de maior estatura e força do que o homem natural, para cuja proteção e defesa foi projetado. No Estado, a soberania é uma alma artificial, pois dá vida e movimento a todo o corpo; os magistrados e outros funcionários judiciais ou executivos, juntas artificiais; a recompensa e o castigo (pelos quais, ligados ao trono da soberania, juntas e membros são levados a cumprir seu dever) são os nervos, que executam a mesma função no corpo natural; a riqueza e prosperidade de todos os membros individuais constituem a força; Salus Populi (a segurança do povo) é seu objetivo; os conselheiros, por meio dos quais todas as coisas necessárias lhe são sugeridas, são a memória; a justiça e as leis, razão e vontade artificiais; a concórdia é a saúde; a sedição é a doença; a guerra civil é a morte. Finalmente, os pactos e convenções pelos quais as partes deste Corpo Político foram criadas, reunidas e unificadas assemelham-se àquele Fiat, ao "Façamos o homem" proferido por Deus na Criação.
Leviatã é o livro mais famoso do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicado em 1651. O seu título se deve ao monstro bíblico Leviatã. O livro, cujo título por extenso é Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil, trata da estrutura da sociedade organizada.
Hobbes alega serem os humanos egoístas por natureza. Com essa natureza tenderiam a guerrear entre si, todos contra todos (Bellum omnia omnes). Assim, para não exterminarmo-nos uns aos outros será necessário um contrato social que estabeleça a paz, a qual levará os homens a abdicarem da guerra contra outros homens. Mas, egoístas que são, necessitam de um soberano (Leviatã) que puna aqueles que não obedecem ao contrato social.
Notar que um soberano pode ser uma pessoa tanto quanto um grupo, eleito ou não. Porém, na perspectiva de Hobbes, a melhor forma de governo era a monarquia — sem a presença concomitante de um Parlamento, pois este dividiria o poder e, portanto, seria um estorvo ao Leviatã e levaria a sociedade ao caos (como na guerra civil inglesa).

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Mais um pouco do Caçador de Pipas...


João Alfredo Biscaia


Muito provavelmente, os leitores deste artigo devem considerar o título extremamente agressivo, inclusive deselegante.
Proponho que tenhamos muita calma e atenção sobre esse assunto, pois para mim, realmente, existem muitos 'ladrões' nas organizações, não do dinheiro das empresas, mas sim das pessoas que com eles trabalham. A argumentação que tenho sobre essa afirmativa foi baseada no livro O caçador de pipas, de Khaled Hosseini , que tive o enorme prazer de ler e reler. Permito-me dizer que o livro me foi emprestado pela minha ex-sogra, acompanhado do seguinte bilhete: 'Este livro é bom demais para ficar na prateleira'. Principalmente em razão do bilhete, me encorajei em não deixar 'engavetado na prateleira da minha cabeça' as conexões que consegui fazer durante a leitura deste livro com a realidade das organizações e nas atitudes, posturas e comportamentos de muitas pessoas que se auto-intitulam de líderes de pessoas, apenas em função do cargo que exercem. De todos os prazeres e sensações agradáveis e muitas vezes tristes, que a leitura deste livro me proporcionou, a mais marcante e significativa para mim foi a seguinte:Em conversa com seu filho Amir, Baba afirma que existe apenas um pecado no mundo: o do roubo. Ele justifica essa afirmação, dizendo:
· Quando você deixa de dizer para alguém alguma coisa que você acredita ser 'verdade', você está 'roubando' o direito dele saber o que você sente a seu respeito.
· Quando você mata alguém, você está 'roubando' o direito de outras pessoas conviverem com a pessoa que você matou.
· Quando você 'maltrata' alguém, você está 'roubando' o direito dessa pessoa de ser feliz.
· Quando você mente para alguém, você está 'roubando' o direito dela conhecer a verdade.
Como decorrência dessas assertivas, imediatamente surgiram em minha mente os inúmeros 'roubos' praticados nas organizações. Relaciono alguns deles para que os leitores possam examinar se, em sua organização, eles são praticados.
Quando você chega atrasado em uma reunião, você está 'roubando' o tempo das pessoas que chegaram na hora marcada.
· Quando você quer, ou impõem, que seus 'colaboradores' (não podemos mais falar subordinados, é um termo ofensivo, dizem alguns), fiquem trabalhando rotineiramente após as 8 horas diárias, você está 'roubando' o direito ao lazer, ao estudo, além do prazer que todos nós temos em desfrutar da companhia da esposa, filhos e dos amigos do coração.
· Quando você pede urgência na execução de determinada tarefa, e depois não dá a menor importância, você está 'roubando' o seu colaborador.
· Quando você pensa que alguns de seus subordinados não estão correspondendo às suas expectativas, e nada diz, você está 'roubando' a vida profissional deles.
· Quando você fala a respeito das pessoas e não com as pessoas, você está 'roubando' a oportunidade deles saberem a opinião que você tem a respeito deles.
· Quando você não reconhece os aspectos positivos que todas as pessoas têm, você está 'roubando' a alegria e a satisfação que todos nós precisamos por nos sentir valorizados e úteis. Além de 'roubar', você está sendo o principal gerador de um ambiente de trabalho desmotivador e desinteressante.
Tenho hoje a convicção - não a verdade - de que realmente só existe um único pecado que qualquer profissional pode cometer no exercício de cargos de liderança:
NÃO DIZER, DE FORMA EXPLICITA, CLARA E DESCRITIVA, COMO PERCEBE E SENTE OS DESEMPENHOS E OS COMPORTAMENTOS DAS PESSOAS COM QUEM TRABALHA.Todos nós temos um discurso fácil ao afirmar que é imprescindível haver respeito e consideração com todas as pessoas com quem convivemos, quer no plano pessoal ou profissional. Pensar e falar são coisas extremamente fáceis. O grande desafio está no agir, no fazer, no praticar aquilo que se diz ou pensa como sendo o certo, o correto nas relações entre as pessoas. Não valemos pelo que pensamos, mas sim pelo que realmente fazemos.Tenho constatado, como base no mundo real, que a maioria das pessoas deixa de se manifestar sobre como percebe e sente o comportamento das pessoas com quem convivem. A racionalização por não dizer nada é baseada no argumento de que, 'afinal, ninguém é perfeito' e vai acumulando insatisfações, com reflexos inevitáveis nas relações. Acrescento que o pior tipo de relacionamento que podemos praticar com as pessoas com quem trabalhamos e vivemos é o do silêncio. O silêncio fala por si só. Diz muita coisa, e gera uma relação de paranóia, muita ansiedade e enorme frustração. Dizem que as pessoas admitem boas ou más notícias, detestam surpresas. Tomo a liberdade de recorrer a um artigo escrito por Eugenio Mussak, na revista Vida Simples, do mês de julho deste ano. Ele é enfático ao afirmar que feedback é um a questão de respeito e consideração para a outra pessoa.Chego à conclusão de que só damos feedback para as pessoas que respeitamos e gostamos. Dar e receber feedback são questões básicas e essenciais para a existência de uma relação saudável, duradoura e, principalmente, respeitosa.Considero oportuno lembrar, também, que todas as coisas que prestamos atenção tendem a crescer. Se olharmos, tão somente os aspectos negativos de alguém, esses tendem a crescer aos nossos olhos. O inverso também parece ser fatal. Se dirigirmos nossas observações a respeito das questões positivas que todos nós temos, existe a grande possibilidade delas também crescerem.
Em síntese: sugiro a você que façamos um exame de consciência profundo nas diversas relações que mantemos. Se pergunte com bastante freqüência: Será que eu estou 'roubando' de alguém algumas informações ou percepções que podem lhes ser úteis para o seu crescimento pessoal e profissional?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Para Proteger das Energias Negativas


"Todos nós sabemos, as energias negativas são uma das preocupações do ser humano. Procurar fugir delas é besteira. Elas nos alcançam em qualquer lugar do planeta. Mas, podemos nos defender, começando a tomar uma série de atitudes e providências.Abaixo, seguem seis dicas pessoais para começar a combatê-las.
1. NÃO TEMER NINGUÉM-Uma das armas mais eficazes na subjugação de um ser é impingir-lhe o medo. Sentimento capaz de uma profunda perturbação interior, vindo até a provocar verdadeiros rombos na aura, deixando o indivíduo vulnerável a todos os ataques. Temer alguém significa colocar-se em posição inferior, temer significa não acreditar em si mesmo e em seus potenciais, temer significa falta de fé. O medo faz com que baixemos o nosso campo vibracional, tornando-nos assim vulneráveis às forças externas. Sentir medo de alguém é dar um atestado de que ele é mais forte e poderoso. Quanto mais você der força ao opressor, mais ele se fortalecerá.
2. NÃO SINTA CULPA-Assim como o medo, a culpa é um dos piores estados de espírito que existem. Ela altera nosso campo vibracional, deixando nossa aura (campo de força) vulnerável ao agressor. A culpa enfraquece nosso sistema imunológico e fecha os caminhos para a prosperidade. Um dos maiores recursos utilizados pelos invejosos é fazer com que nos sintamos culpados pelas nossas conquistas. Não faça o jogo deles e saiba que o seu sucesso é merecido. Sustente as suas vitórias sempre!
3. ADOPTE UMA POSTURA ACTIVA-Nem sempre adotar uma postura defensiva é o melhor negócio. Enfrente a situação. Lembre-se sempre do exemplo do cachorro: quem tem medo do animal e sai correndo, fatalmente será perseguido e mordido. Já quem mantém a calma e contorna a situação pode sair ileso. Ao invés de pensar que alguém pode influenciá-lo negativamente, por que não se adiantar e influenciá-lo beneficamente? Ou será que o mal dele é mais forte que o seu bem? Por que será que nós sempre nos colocamos numa atitude passiva de vítimas? Antes que o outro o alcance com sua maldade, atinja-o antecipadamente com muita luz e pensamentos de paz, compaixão e amor.
4. FIQUE SEMPRE DO SEU LADO-A maior causa dos problemas de relacionamentos humanos é a "Auto-Obsessão". A influência negativa de uma pessoa sobre outra sempre existirá enquanto houver uma idéia de dominação, de desigualdade humana, enquanto um se achar mais e outro menos, enquanto nossas relações não forem pautadas pelo respeito mútuo.Mas grande parte dos problemas existe porque não nos relacionamos bem com nós mesmos. "Auto-Obsessão" significa não se gostar, não se apoiar, se auto-boicotar, se desvalorizar, não satisfazer suas necessidades pessoais e dar força ao outro, permitindo que ele influencie sua vida, achar que os outros merecem mais do que nós. Auto-obsediar-se é não ouvir a voz da nossa alma, é dar mais valor à opinião dos outros. Os que enveredam por esse caminho acabam perdendo sua força pessoal e abrem as portas.
5. SUBA PARA POSIÇÕES ELEVADAS-As flechas não alcançam o céu. Coloque-se sempre em posições elevadas com bons pensamentos, palavras, ações e sentimentos nobres e maduros. Uma atmosfera de pensamentos e sentimentos de alto nível faz com que as energias do mal, que têm pequeno alcance, não o atinjam. Essa é a melhor forma de criar "incompatibilidade" com as forças do mal e energias incompatíveis não se misturam.
6. FECHE-SE ÀS INFLUENCIAS NEGATIVAS-As vias de acesso pelas quais as influências negativas podem entrar em nosso campo são as portas que levam à nossa alma, ou seja, a "mente" e o "coração". Além de manter o coração e mente sempre resguardados das energias dos maus pensamentos e sentimentos, fuja das conversas negativas, maldosas e depressivas.Evite lugares densos e de baixo nível. Quando não puder ajudar, afaste-se de pessoas que não lhe acrescentam nada e só o puxam para o lado negativo da vida. O mesmo vale para as leituras, programas de televisão, filmes, músicas e passatempos de baixo nível."

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Algumas consideraçõe sobre A Arte da Guerra


Sun Tzu, chamado também por Sun Zi ou Sun Wu, foi um estrategista militar chinês oriundo do Estado de Chi, por volta do século V a.C, período este denominado Chun Qiu, a “Era de Ouro”, em que se iniciava um processo de unificação do Império da antiga China, pois se tratava apenas de pequenos estados divididos em inúmeros principados.Ao escrever A Arte da Guerra, um dos mais interessantes tratados sobre táticas de guerra e estratégias militares, Sun Tzu atraiu a atenção do rei Ho Lu de Wu, o qual se interessou por esses ensinamentos e, curiosamente, pediu a ele que primeiramente testasse a eficiência desse método com suas concubinas. Após 180 mulheres terem sido trazidas ao palácio, serem separadas em grupos que representavam frentes de batalhas e terem recebido ordens às quais respondiam com gargalhadas, ele, com refinada perspicácia, foi esmerando-as para que realizassem tudo que lhes era solicitado, da mesma forma que o fez quando esteve à frente dos exércitos que comandou, cujas conquistas são inspiração para todos os estrategistas posteriores a ele.Contemporâneo do célebre filósofo Confúcio, sua literatura foi instrumento de preparação de outras personalidades como o primeiro presidente da República Popular da China, Mao Tsé-Tung, assim como de Napoleão I. Essas influências também puderam ser notadas no íntimo da cultura chinesa, a qual presenciou um crescimento do número de classes sociais educadas que ascenderam ao poder no governo e no comércio, devido à premissa de Sun Tzu que preza a sabedoria de seus guerreiros em predileção à força deles como requisito para combater, instituindo uma característica que será sempre peculiar ao país.O general chinês insiste no fato de que a guerra não possui um fim em si mesma, mas que seu objetivo principal deve ser sempre a vitória. Ele conseguiu transpor paradigmas, tais como a filosofia chinesa e as incertezas da tradução, pois A Arte da Guerra começou a ser introduzida na Europa em 1782, quando um jesuíta francês que morava na china, Joseph Amiot, adquiriu uma cópia e fez uma tradução que continha muitas informações que não foram verdadeiramente redigidas por Sun Tzu como se veio a saber depois. Mas a primeira tradução para o inglês só veio a ser publicada mesmo em 1905, em Tokyo, e depois dessa surgiu outra em Londres que, apesar de ter sanado alguns erros anteriores, cometeu alguns novos. Todos esses trajetos que o texto percorreu o impediu de ter o impacto concreto e factual dos textos modernos, legando a ele um tom poético ou de fábulas, mas se nos empenharmos nessa leitura encontraremos respostas aos nossos próprios conflitos, ou maneiras de como solucionar as problemáticas ocasionadas por aqueles com quem nos confrontamos.A vitória para Sun Tzu representa uma dicotomia entre a guerra e a paz. Às vezes, a primeira faz-se necessária, assim como a perfeita paz é algo impossível dentre as sociedades humanas. É por isso que à medida que o conflito deve ser evitado devemos aprimorar a força, as habilidades, a capacidade de análise da situação e a eficácia na auto-organização, ou seja, “subjugar o inimigo sem lutar”. É nesse sentido que a disciplina auxilia a discernir entre a percepção e o julgamento, deixando uma lacuna para que uma inteligência natural se manifeste em um mundo de possibilidades que é comum a todos.É interessante notar que alguns conceitos clássicos como o “si vis pacen parabellun” (dos romanos) “se queres a paz, prepare-se para a guerra”, coaduna-se perfeitamente com as idéias de Sun Tzu.Suas máximas são aplicáveis a qualquer campo em que a vitória seja fundamental. Seja nas empresas, nos campos de batalhas ou nas lutas do dia-a-dia.Muitas das derrotas, mortes de civis e destruição teriam sido evitadas com o uso de A Arte da Guerra.“Lutar e ganhar todas as batalhas não é a suprema glória, a glória suprema é quebrar o inimigo sem lutar.”Nos últimos dias vimos uma guerra que se preocupou mais em demonstrar o “poderio” do que em evitar o conflito. A vitória poderia ter sido assegurada de formas muito mais seguras e menos traumáticas para todos os envolvidos.Resultou em um país lançado no caos político-administrativo, destruição de sua cultura e recursos naturais, perda de identidade. Sem falar de abalar, com um único golpe, a ordem mundial.O mundo retornando ao período anterior à primeira grande guerra, e a possibilidade da volta do colonialismo. Sem falar na ampliação da distância entre ricos e pobres, e criando mais injustiças sociais que, conseqüentemente, acarretaram novos descontentes e, talvez, mais terroristas.Este mesmo império conseguiu derrotar outro valendo-se da tática de Sun Tzu de frustrar os planos do inimigo. Sem guerra, sem batalhas, com amplo uso de espiões e acordos comerciais. A produtividade e a mobilidade foram fatores preponderantes. Os antigos aliados do império vencido tornaram-se parceiros do império vencedor.A mobilidade é uma das grandes armas do exército para Sun Tzu, e a história nos brinda com exemplos fantásticos. Um recente foi a marcha Anglo-Americana na guerra do Iraque, em que vários focos de resistência foram deixados para trás na marcha célere por Bagda. Não foi a primeira vez que isso foi feito. Na segunda grande guerra os alemães usaram a blitzkrieg, ou guerra relâmpago, na qual pára-quedistas, tanques e tropas transportadas por blindados surpreenderam os exércitos europeus. Uma revolução, tendo em vista que as tropas alemãs em tempo ínfimo conquistaram países como Holanda, França e Polônia. A França era uma das potências militares da época. Ela havia construído uma longa linha de defesa separando-a da Alemanha. A linha Maginot, composta de fortes, canhões, fossos, trincheiras, muros e arame farpado. Tudo muito sólido e conseqüentemente imóvel, o que se demonstrou crucial para a Alemanha ganhar a batalha.Os alemães, de forma similar ao que Anibal, o general cartaginês, havia feito contra Roma, circundaram as defesas francesas e quando eles menos esperavam tinham as tropas alemãs rumo a Paris.Desta forma, o exército alemão, chefiado por Von Rundstedt e as divisões Panzer de Heinz Guderian, conquistou a França e empurrou as tropas inglesas rumo ao mar.Curiosamente, a ruína alemã veio de um erro já narrado por Sun Tzu: “Se sitiarmos uma cidade, exauriremos nossas forças”, as armas se tornarão pesadas e não haverá entusiasmo”. As legiões nazistas cometeram o mesmo erro de Napoleão ao atacar a Rússia, e o resultado na frente oriental foi decisivo para o fim do Terceiro Reich.De acordo com Sun Tzu, fazer uso da topografia e de acidentes do terreno é uma das chaves para a vitória. “No que concerne aos desfiladeiros, se o ocuparmos primeiro, devemos esperar o inimigo.” Leônidas, o célebre general espartano, conseguiu, à frente de 300 soldados, deter o avanço do exército de Xerxes, composto de um milhão de homens, por um bom tempo. Desta batalha veio a corajosa frase do general espartano. Os persas disseram que lançariam tantas flechas que obscureceriam o sol; prontamente, Leônidas respondeu: “Então lutaremos à sombra”.As técnicas de Sun Tzu não tiveram somente no campo de batalha a sua comprovação; nas “guerras mercadológicas”, travadas entre as grandes corporações, A Arte da Guerra fez história. O fenômeno Microsoft é um excelente exemplo. Aproveitando as lacunas do mercado, respondendo rapidamente aos estímulos, o maior império empresarial da atualidade foi erigido.No Brasil, podemos pensar no grupo Pão de Açúcar, que, mesmo competindo com a maior rede de supermercados do mundo, conseguiu ser líder novamente.A guerra foi racionalizada, os pontos de abastecimento foram equacionados, a logística e a reengenharia, palavras-chaves.Infelizmente, a estratégia também pode ser utilizada por grupos criminosos; um bom exemplo é o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro. Eles aprenderam as técnicas na época da guerra fria, quando os presos políticos foram colocados ao lado dos presos comuns.As ações do Comando Vermelho denotam um profundo conhecimento das táticas de guerrilha. O que é consolador, por outro lado, é o fato de sua força estar depositada na desigualdade social. Ora, se melhores condições chegarem ao morro, acompanhadas de justiça social, será o fim do Comando Vermelho e de organizações similares.A Arte da Guerra é um livro eterno, talvez por falar das bases onde se assentam a organização humana e, consequentemente, as suas disputas, nas quais a guerra é a apoteose.Terminamos este texto com a máxima latina: “Se queres a paz, prepare-se para a guerra”.
Wagner Veneziani Costa

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A maioria dos homens é mais capaz de grandes ações do que de boas ações.O dinheiro é valioso desde que saibamos desprezá-lo.Raramente começa a corrupção pelo povo.Combater a religião é atentar contra a sociedade.O saber faz o homem ponderado e insinuante.A sociedade é a união dos homens, e não os próprios homens.A sociedade dá-nos a conhecer o ridículo; o retiro nos ensina a sentir os vícios.O que aos oradores falta em profundidade sobeja em extensão.Há duas espécies de homem: os que pensam e os que divertem.Deveríamos chorar os homens quando nascem e não quando morrem.É mais fácil passarmos aos filhos as nossas paixões que os nossos conhecimentos.O homem não é pobre por não ter nada de seu, mas por não trabalhar.As repúblicas encontram o seu fim com o luxo - as monarquias com a pobreza.A vida do cortesão é uma constante servidão.A maior ofensa que podemos fazer aos homens é ir de encontro aos seus costumes e cerimônias.A liberdade é o direito que temos de fazer tudo quanto as leis permitem.O pior governo é o que exerce a tirania em nome das leis e da justiça.Quando, num país, o infortúnio se generaliza, o egoísmo, por sua vez, se universaliza.Quando pretendemos mudar costumes e modos, guardemo-nos de o fazer pelas leis.Inúmeras são as leis que vigoram desde a antiguidade, não por serem justas, mas por serem leis.As leis são sempre úteis aos que possuem e prejudiciais aos que nada têm.O homem piedoso e o ateu falam constantemente em religião: aquele fala do que ama; este do que teme.
Montesquieu

Só de coisa boa eu vivo!


Acordar de bom humor, espreguiçar até doer.Olhar do lado e escutar um eu te amo junto a um como foi bom ontem.Um bom dia sorridente, um café da manha farto e gostoso.Dia de sol, domingo e é manha.Nada para fazer, apenas vontades que serão saciadas.Uma volta em torno do lago, dedos entrelaçados.Pequeninas pernas ainda frágeis acompanhando as pernas do papai.Se reunir com amigos e família.Família grande, intrigas e gargalhadas em torno da mesa.Sobremesa da vovó, acompanhada do mesmo caso do vovô.Despedidas sem lagrimas, apenas já com saudades e com um volte sempre no fim.A casa logo ali, e o gramado verde esta deste lado da cerca.Sol se despedindo, noite se apresentando, olhar no horizonte. Afagos e carinhos mútuos, felicidade a mostra.Nem parece que daqui a pouco os papeis do sol e lua se inverterão, e já será segunda-feira.Cortinas fechadas, canção de ninar a cantarolar, berço a balançar.Em fim sós!Um bom vinho na taça, um petisco bem preparado, acompanhado de um filme com vários “eu te amo”.Carpete aveludado com um pijama macio para combinar.Encaixe perfeito entre os corpos, sincronismo até com palavras e sussurros.Dormir com um leve cansaço e uma enorme paz. Ombro como travesseiro, bons sonhos ao fim de tudo.Tudo perfeito, somente o dia seguinte para atrapalhar.
leonardo ítalo inácio (leo bala)